domingo, 17 de outubro de 2010

O que penso sobre o 2º turno das eleições 2010

Está chegando a hora de decidir quem será o próximo presidente do Brasil. Este post é para mostrar alguns pensamentos que tenho sobre este assunto.

Meu primeiro ponto é que esse ano foi difícil fazer uma escolha. Na minha humilde opinião, nenhum dos dois candidatos que chegaram ao segundo turno são boas opções para governar o país, mas se compararmos a história dos dois candidatos e o que eles se propõem a fazer, penso que o candidato José Serra é a melhor escolha.

Muitos comparam o governo de Lula com o governo FHC, e dizem que votar em Serra seria retroceder, e que votar em Dilma seria o mesmo que votar em Lula. Estes dois pontos de vista mostram o quão ignorante as pessoas podem ser.

O governo FHC começou em 1995, e deu continuidade ao trabalho que o governo Itamar começou. Tal governo teve a missão de tirar o país da lama após a vergonha que acometeu a nação com os problemas relacionados à Collor, além de outros problemas talvez até mesmo mais graves, como a super inflação de 900% ao ano.

Em 1994 o país estava um caos e o plano Real, introduzido no governo Itamar, implantado pelo seu ministro da fazenda, FHC, começou a dar rumo à economia do país. Alavancado pelo sucesso do plano Real, FHC é eleito e assume em 1995.

Quem diz que o governo de FHC foi ruim para o país só poder ser muito alienado. O caos econômico passou por um período de estabilização, projetos de distribuição de renda passaram a ser possíveis e começaram a ser implantados, houve muitos avanços na área da saúde e muitas outras áreas tiveram avanços.

Quando Lula ganhou as eleições em 2002 e assumiu o mandato em 2003, a situação do país era outra. A inflação estava controlada, tínhamos a lei de responsabilidade fiscal e o descontrole dos gastos públicos era muito menor.

É óbvio que o governo Lula também teve avanços. Temos mais escolas técnicas, a inflação continua sobre controle, há mais distribuição de renda, e muitas outras melhorias.

Com um pouco de pesquisa, poderíamos listar coisas boas e ruins dos dois governos por vários parágrafos. Mas acho que a discussão não se resume ao "O governo de X foi melhor que o governo de Y".

O que me faz escolher pelo candidato Serra é o histórico de realizações que ele tem consigo, as quais não consigo ver na candidata Dilma. Repito, a candidata Dilma, não o Lula.

Não estou aqui afirmando que Serra é perfeito e que nunca se envolveu em escândalos ou que não houve irregularidades em seus governos. Escândalos e irregularidades existem desde que o Brasil foi descoberto. Não que isso seja desculpa, mas hoje isto ainda foge muito do controle dos governantes, a exemplo de Lula que nunca ouviu falar do mensalão.

O candidato já esteve em vários cargos eletivos por voto popular, enquanto Dilma só assumiu posições indicadas, talvez por mérito, mas aparentemente o apadrinhamento político falou mais alto.

Serra tem visíveis realizações em todos os cargos que assumiu, não há como negar. Para citar algumas das mais visíveis temos os medicamentos genéricos, obras de habitação e saneamento em São Paulo e o rodoanel.

Quando procuro por realizações de Dilma, nada encontro. Encontro apenas tentativas de atribuir a Dilma realizações das quais ela teve pouca ou nenhuma participação.

Novamente, para os que gostam de falar que o governo de Lula foi bom, o que concordo plenamente, gostaria de dizer que Lula não é candidato. A candidata do PT é Dilma.

Se alguém sabe de alguma realização legítima da qual Dilma foi responsável eu gostaria de saber, por favor poste um comentário.

Peço encarecidamente que não postem comentários denegrindo um ou outro candidato. Estou mais interessado em saber os pontos positivos de cada candidato. Repito, de cada candidato! Não me tragam realizações de terceiros, por favor.

sexta-feira, 20 de março de 2009

CPF Check!

Meu primeiro App para o iPhone!

Hoje estou submentendo o CPF Check para o iTunes Store! Esta é minha primeira aplicação e estou empolgado com
o desenvolvimento de aplicações para o iPhone!

Agora com a introdução de iAds / AdMob mudei o app para ser gratuito novamente. Estou esperando pra ver se o número de downloads por dia vai aumentar.

Espero criar novos apps em breve. Já tenho um em mente.

domingo, 19 de outubro de 2008

E o ABC ganho do São Caetano!

Neste sábado, 18 de outubro de 2008, fui ao estádio "Frasqueirão" com a minha mulher para assistir ABC de Natal contra o São Caetano, de São Paulo.

O ABC ganhou, de virada, por 2 a 1. Mas o que quero discutir não diz muito respeito ao jogo em si, mas aos acontecimentos que o cercam.

Primeiro, o caminho até o Frasqueirão. Da minha casa até o estádio o percurso deve ter não mais de 10 quilômetros, o que normalmente levaria 15 a 20 minutos para serem percorridos. No entanto, devido ao trânsito cada dia pior na cidade de Natal, demoramos cerca de 45 minutos para chegar ao estádio. Até aí tudo bem, eu já tinha ido antes a vários jogos e sabia que tal demora aconteceria, portanto saímos de casa uma hora antes da hora de início da partida.

Ao chegar ao local, deixamos nosso carro no estacionamento ao lado do Frasqueirão, ao custo de R$ 5. Algo também nada extraordinário, totalmente aceitável. Caminhamos um pouco e chegamos ao estádio. Logo na saída do estacionamento existe uma bilheiteria e um portão de acesso, no entanto a bilheiteria está fechada. Tudo bem, vamos para a bilheiteria principal, do outro lado do estádio. Na fila para compra de ingressos para as arquibancadas com valor integral apenas algumas pessoas, uma 4 ou 5, no entanto, na fila para compra do ingresso para arquibancadas para pessoas com meia entrada, os estudantes, não menos de 30 pessoas.

Ora, em todos os jogos que prestigiei o time alvi-negro esta cena se repete, então por que motivo não são adotadas medidas para reduzir o tempo de espera na fila de estudantes? Apenas 2 caixas atendem a todas estas pessoas, enquanto outros 4 caixas atendem a demanda restante, que é significativamente menor. Alô diretoria! O mínimo que se pode fazer é pôr um caixa a mais para atender a maior demanda.

Compro os nossos ingressos, meu e de minha esposa, com valor integral, pois não somos mais estudantes. Mesmo que um de nós tivéssemos posse da carteira de estudante, eu pagaria o valor integral apenas para não esperar na fila, já que o jogo estava prestes a começar. A outro opção seria comprar de um cambista, mas isto é algo que nunca faço e recomendo a todos de não o fazerem, para disseminar este mau.

Eu passo tranquilamente pela catraca eletrônica mas o ingresso de minha esposa não funciona... Ok, chama-se um técnico e este abre a catraca e cede a passagem para minha esposa. O estádio está quase cheio. Passamos à frente do módulo IV, recém construído e nos acomodamos próximo á "frasqueira", no lado mais próximo ao ataque no "mais querido".

Até o início do jogo, todos ao nosso redor estão sentados, mas basta a bola rolar para que a maioria dos torcedores fiquem de pé. Alguns esboçam gritos de "senta aí!", que são prontamente ignorados. Neste ponto eu concordo. Torcedor que quer assistir ao jogo sentado compra ingresso para o setor de cadeiras. Vamos todos junto assistir de pé.

Logo na nossa frente, uma mãe e suas filhas, presumo eu. Duas crianças bem simpáticas. Penso eu: "gostaria que minha filha também estivesse aqui". Próximo a elas dois torcedores um pouco mais exaltados, fanáticos pelo alvi-negro. O jogo começa um tanto tenso. O ABC comparece mais ao ataque mas perde duas boas chances de gol, o que levam nossos amigos torcedores fanáticos esbravarem alguns xingamentos, o que me faz pensar: "ainda bem que não trouxemos nossa filha". Alguns minutos depois, gol do São Caetano. Nesta hora é possível ouvir um silêncio que incomoda meus ouvidos. Por cerca de 30 segundos nada se ouve, a não ser o som de uma brisa fria que faz congelar os ossos dos espectadores presentes. Então a torcida mostra-se mais uma vez ativa, voltando a cantar e gritar, incentivando os bravos jogadores, mesmo ficando com aquele sentimento cruel e desesperador, na incerteza de que seu time será capaz de se recompor e vir a vencer a partida.

Alguns minutos se passam e vem o gol do ABC. Neste momento não me consigo me conter, começo a pular e gritar e continuo por quase um minuto inteiro. Então abraço e beijo minha esposa. É um sentimento único.

Passam-se mais alguns minutos e vem o segundo gol do ABC. Novamente pulo e grito de alegria, aquele sentimento único volta, desta vez ainda mais forte. São milhares de vozes gritando junto com a minha. Até mesmo minha esposa, mais contida na primeira comemoração, pula e grita, talvez nem tanto por estar feliz com o gol do ABC, mas com a minha própria alegria. Meus olhos chegam a lacrimejar.

Emoções a parte, notamos que o placar eletrônico já não funciona tão bem. Algumas partes estão apagadas. Mais um alô para a diretoria... 

O tempo passa e o jogo continua tenso. O segundo tempo é mais equilibrado, mas novos gols não acontecem. Ao apito final do ábitro a alegria se completa e é só então que a multidão começa a deixar o estádio. Na saída, novo engarrafamento e mais 45 minutos para chegar em casa. É pouco, se compararmos à alegria e às emoções vividas numa noite tão agradável.

Fico aguardando pelo próximo encontro no Frasqueirão, com a esperança de poder reviver os sentimentos que nos fazem lembrar que estamos vivos.

domingo, 28 de setembro de 2008

Desenvolvimento Tecnológico

Me desculpem os patriotas, mas vou discutir aqui mais um assunto em que, na minha opinião, o Brasil age erroneamente. Desta vez me refiro ao desenvolvimento tecnológico, principalmente no que diz respeito à política de impostos sobre importação.

O Brasil é um dos países onde o imposto sobre importação de artigos eletrônicos, ou produtos tecnológicos em geral, tais como smartphones, computadores, laptops, etc, é muito alta, chegando a quase dobrar o valor final do produto após a importação, isso sem contar com o lucro que a importadora põe em cima, no valor final para o consumidor.

Resumindo, se você quer algum artigo de ponta no que diz respeito à tecnologia tem que pagar quase três vezes o valor que um americano, por exemplo, paga para tê-lo. Daí eu pergunto, será que o brasileiro com renda na média nacional do Brasil tem condições de pagar o triplo do valor que um americano com renda média nacional dos EUA paga? Está mais que claro que não!

Vou tomar apenas como exemplo o novo iPhone 3G, da Apple. Tal smartphone foi apresentado em Julho por Steve Jobs, CEO da Apple num evento grandioso nos Estados Unidos, onde este é vendido em duas versões: uma com 8GB de memória e outra com 16GB de memória. A primeira é vendida naquele país por $199 dólares enquanto a segunda é vendida por $299 dólares.

Alguns meses depois, o iPhone é lançado no Brasil. Qual o valor? O preço médio do iPhone de 8GB é R$ 1500, o que dá algo perto de $800 dólares. Isto é quatro vezes o valor do mesmo produto vendido nos Estados Unidos!!! Simplesmente um absurdo da exploração. As companhias operadoras de telefonia celular se defendem informando que os impostos de importação são altos e o contrato máximo de fidelidade que a lei brasileira permite é de 1 ano, diferentemente dos Estados Unidos onde este período de fidelidade é de 2 anos. Mas cobrar 4 vezes mais de uma população onde a renda média é inferior?!?!

Então o governo vem com a história da inclusão digital, criando os PCs populares, que pagam menos impostos. Tais PCs populares são uma enganação no meu ponto de vista. Na maioria dos casos são computadores com tecnologia ultrapassada e que mesmo com o incentivo do governo ainda são mais caros que computadores com melhor tecnologia vendidos nos Estados Unidos. Naquele país, é possível comprar laptops com tecnologia de ponta por algo em torno de $500 dólares, tal proeza é impensável no Brasil.

Agora imagine se tais produtos estivessem disponíveis no Brazil a preços equivalentes. Aí sim teríamos uma inclusão digital pra valer. Não seria necessário muito esforço do governo, bastaria reduzir significativamente os tais impostos de importação, ou aumentar o limite de isenção, que hoje é de $50 dólares se não me engano. Que tal aumentar este limite para $1000 dólares?

Aliás, você já parou pra pensar qual o motivo de haver tanto contrabando de produtos tecnológicos no Brasil? Os malditos impostos!!! Agora vai me dizer se não é burrice combater o contrabando sem reduzir os impostos? Se os governantes fossem um pouco menos medríocres, eles mudariam a política de importação para que, com isso, o contrabando não valesse mais a pena. Por exemplo: quem compraria um produto contrabandeado por R$ 800 se o mesmo produto fosse oferecido de forma legal por R$ 850 ou R$ 900? Do jeito que está hoje, um produto vendido de forma ilegal por R$ 800 custa, por vias legais, algo como R$ 1600. É por isso que o contrabando prospera e empresas cumpridoras da lei vão à falência. Ninguém mais aguenta tantos impostos, e a perspectiva de redução da carga tributária no Brasil é quase nenhuma. O que vemos, no entanto, é dia após dia a arrecadação de impostos aumentar. Na outra ponta, a qualidade dos serviços públicos só piora. Vai entender!?!?! A única explicação é a corrupção, o desvio do dinheiro público!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Cassinos no Sertão?!?!

Numa região deserta de um certo país onde a água é escassa e os poucos residentes sobrevivem sabe-se lá como, o governo decide arriscar e legalizar os jogos de azar, atraindo investidores milionários a construírem luxuosos cassinos e pessoas mais ricas ainda a apostarem alguns milhões de sua fortuna em jogos como poker, roleta, vinte e um, etc. Nasce assim uma região rica no lugar mais improvável do mundo. Estou falando de Las Vegas, nos Estados Unidos.

E isso daria certo no Sertão Nordestino? Por quê não arriscar?

Eu sou a favor dessa ideia. Todos sabemos como sofre a população nordestina, vivendo numa região onde o sol castiga o ano inteiro, pessoas morrem de fome e sede, a gado não sobrevive, as agricultura não tem perspectiva, etc... Ou seja, uma região no mínimo improdutiva.

Por quê não criar, dentro deste mar de miséria, uma região livre para os jogos de azar, onde os cassinos poderiam trazer emprego para a população local e até mesmo atrair pessoas de outros locais para lá se instalarem? Não digo abrir a jogatina sem controle, mas seguir o modelo americano. Em Vegas existe uma legislação rigorosa para evitar - ou pelo menos minimizar - a lavagem de dinheiro e outros crimes que possam girar em torno do jogo.

O Brasil, no entanto, segue na direção oposta. Proíbe até mesmo casas de bingo de funcionarem. Alguém pode me explicar qual a razão disso? Tá certo, tem a lavagem de dinheiro.... Então que se criem leis para evitar a lavagem de dinheiro! E que estas leis sejam cumpridas! Não é proibindo jogos de azar que a lavagem de dinheiro vai acabar. Os criminosos são muito criativos quando se trata de legalizar dinheiro adquirido de forma ilegal. 

Façam este esforço criativo e imaginem uma Las Vegas em pleno nordeste brasileiro. Hotéis luxuosos, cassinos bilionários, gente rica de todos os lugares do mundo querendo vir e deixar aqui uma fatia de sua fortuna. Acha que não iria funcionar? E que tal os cassinos em Can Cun, no México? Eles propulsionam o turismo naquele país de forma impressionante.

Agora faço outra proposta. Pense em alguma atitude tomada por políticos ou empresários da sua região nos últimos anos que impulsionou o turismo local. Tá difícil? Exatamente... pouco ou nada foi feito.

Nesta eleição para prefeitos e vereadores vi uma proposta que muitos acham coisa de louco. Construir um elevador no Morro do Careca. Eu não acho que esta proposta seja maluquice de um cadidato desesperado. Acho a ideia inovadora e bastante original. Com certeza atrairia mais turistas para a nossa cidade do Natal. Se tal coisa pode ser feita sem danos maiores à natureza, eu sou completamente a favor. Até eu iria "tirar onda" de turista e utilizar o tal elevador.

Minha ideia de legalizar os cassinos no sertão brasileiro pode ser maluquice também, mas o que eu quero mostrar aqui é a falta de criatividade, ou mesmo a ausência de qualquer projeto que dê a nós, povo nordestino, perspectiva de crescimento da nossa região.

sábado, 13 de setembro de 2008

E a Seleção Brasileira de Futebol?

Pois é! Mais uma vez a Seleção Brasileira joga mau atuando dentro do território nacional, ficando no mísero zero a zero com a Bolívia, último lugar das Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010 na África.

Nem vou comentar estes últimos dois jogos. O que eu quero expor aqui são outras ideias que me vêm à cabeça quando o foco é a Seleção Brasileira. Sobre tal assunto, acho que o que mais me deixa indgnado é o fato de a Seleção se apresentar mais fora do Brasil que em seu próprio território.

É mais fácil um inglês ou um alemão ter visto um jogo de corpo presente num estádio de futebol da nossa Seleção que um brasileiro nato, que reside no Brasil. A Seleção apenas se apresenta em casa quando é obrigada, como no caso dos jogos das Elinatórias para a Copa do Mundo. Sinceramente, acho isto uma vergonha. A CBF faz acordos com empresas estrangeiras para realização de jogos amistosos na Europa e esquece o público brasileiro. Os brasileiros perdem cada vez mais a identificação com a sua Seleção e é cada vez maior o desânimo da população com o seu time.

Sou cidadão brasileiro e nunca tive a oportunidade de ver a minha Seleção de perto. É bem verdade que morando na região nordeste do Brasil, onde não temos tantos estádios em boas condições para receber um público numeroso, fica mais difícil, mas o fato ainda me incomoda. Nem lembro a última vez que a seleção visitou a região nordeste. Acho que o mais próximo que a seleção esteve daqui foi num jogo em Minas Gerais há alguns meses, também pelas Eliminatórias.

Outro fato que me intriga diz respeitos aos jogadores que são convocados para atuar na nossa Seleção. Parece que os jogadores que atuam no futebol brasileiro não são dignos de serem convocados, no entanto, basta algum clube europeu se interessar por algum jogador e levá-lo para fora do nosso País que este começa a ser cotado a atuar pela Seleção. Para mim, isto também é uma vergonha.

No meu ponto de vista, a Seleção deveria ser formada em sua maioria por jogadores que atuam no futebol brasileiro e os que jogam em clubes europeus é que deveriam se mostrar dignos de atuar pela Seleção, e não o contrário. Os jogadores que atuam em nosso futebol parecem até que perderam o ânimo quando o assunto é Seleção. Não importa o quão bem eles atuem, enquanto eles jogarem em território nacional o seu futebol não é tão bom. Ser atilheiro do Campeonato Brasileiro de nada vale. Estar na "Seleção do Brasileirão", escolhida anualmente por jonalistas e outros personagens que fazem o nosso futebol também não conta. No máximo estes ganham um tapinha nas costas do técnico da Seleção principal no momento da entrega do prêmio.

O que podemos esperar disso então? Que todos os nossos bons jogadores sejam vendidos para times europeus? Ao penso de forma diferente. Para mim, os clubes devem cada vez mais dificultar a venda de nossos talentos para o futebol milionário da Europa. Quer comprar? Ok, tudo bem, coloca o preço lá em cima e vamos negociar. Quando eu digo lá em cima quero dizer lá em cima mesmo, no mesmo nível das negociações entre clubes europeus. Alguns jogadores são vendidos de um clube europeu para outro por algumas dezenas de milhões de euros. Então por que motivo os clubes brasileiros devem vender suas revelações, fruto de todo um trabalho desde as categorias de base até o futebol profissional, a preço de banana?

E qual deve ser o papel da nossa Seleção neste processo? Para mim, ao convocar preferencialmente jogadores que atuam no nosso futebol, estes se sentiriam mais estimulados, assim como outros jogadores que aqui atuam, para melhorar a qualidade do nosso futebol. Ao realizar mais jogos em território nacional a Seleção faria com que a população voltasse a se identificar com esta, voltando, assim, a admirá-la novamente. Deste forma, o futebol brasileiro só tem a ganhar.

Isto é um pouco do que eu penso sobre a nossa Seleção Brasileira de futebol. E você? O que você pensa sobre o assunto?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Alguns pensamentos sobre a democracia no Brasil

Olá! Bem vindo ao meu blog.

A ideia deste blog é trazer algumas idéias que podem ser consideradas malucas.... ou não!

Para inaugurar vou me inspirar nas eleições municipais que se aproximam no Brasil. Sobre o tema tenho algumas idéias a expor.

Em primeiro lugar, por quê o voto no Brasil é obrigatório para maiores de 18 anos? E eu que pensava que nós vivíamos numa democracia! O voto obrigatório foi criado no fim da ditadura para estimular a população a votar e, com isso, promover a democracia no Brasil. Depois disso, por comodidade dos nossos gloriosos políticos, o voto continuou sendo obrigatório, mesmo após a concretização da "democracia" no Brasil, e perdura até hoje. O cidadão que não quiser votar perde alguns dos direitos, que já são limitados, tais como assumir cargos públicos através de concursos.

O "dever" do voto, já que votar não é um direito e sim uma obrigação, surgiu juntamento com outro dever dos "cidadões" brasileiros: o dever de se alistar após completar a maior idade, que aqui no Brasil ainda é aos 18 anos. Ora, as forças armadas brasileiras vivem um certo dilema aqui. Durante a ditadura era compreensível que o alistamento fosse obrigatório, mas na democracia isto é meio estúpido. Todos os anos nossos jovens são obrigados a se alistarem em uma das três forças armadas: Exército, Marinha ou Aeronáutica. E é aqui que se encontra o dilema... Estas forças estão estufadas! Não têm estrutura para receber todos os anos milhares e milhares de recrutas. A maioria dos jovens se alistam e são imediatamente dispensados do serviço militar. Não me entendam mal. Sou admirador das forças armadas brasileiras e acho que estas são instituições que merecem nosso respeito. No entanto, com que motivo devemos obrigar nossos jovens a se alistarem se eles não têm nenhum interesse em lá estar e as forças armadas não têm como recebê-los? As forças armadas deveriam, portanto, receber apenas os jovens que têm real interesse em seguir a carreira militar. Sendo assim, estes jovens seriam mais bem aproveitados e as forças armadas poderiam contar com um pessoal mais motivado em servir o nosso país.

Voltando ao tópicos das eleições, o que falar do horário eleitoral gratuito que é transmitido pela televisão e pelas rádios? Fala sério! Quem acredita que em meros 30 segundos um candidato a vereador pode expor suas propostas e com isso ganhar o voto do eleitor? Há anos que a propaganda eleitoral serve apenas como motivo de risadas nas rodas de conversa entre amigos. Muitos candidatos fazem piadas dentro do seu programa, o que deixa a coisa ainda mais ridícula. Sem falar da guerra entre candidatos: candidato "A" fala mau do candidato "B" que entra na justiça contra o candidato "A" para responder as acusações dentro do horário reservado ao candidato "A". É a maior palhaçada prevista em lei da história!

No meu ponto de vista, a propaganda política deveria se resumir a debates das propostas dos candidatos ou a criação de um canal aberto para a transmissão do horario eleitoral, dando a cada candidato a mesma quantidade de tempo, sem distinção por tamanho do partido, coligação ou qualquer outro motivo.

Sobre os debates, fazê-los a meia noite também é outra burrice! Os debates devem ser feitos num horário que as pessoas possam assistí-los sem estarem em estado de zumbis. Além disso, deveriam ser proibidas toda e qualquer forma de acusações contra os candidatos dentro do horário eleitoral e nos debates. É dever da justiça fazer acusações. Os candidatos devem se limitar a expor seus projetos e avaliar os projetos dos outros candidatos.

Aliás, sobre os projetos de campanha... Sempre me perguntei qual o motivo de, durante o período de eleições serem apresentados tantos projetos dos mais criativos aos mais arrojados, mas durante os quatro anos de mandato nada ser feito. Não surge nenhum projeto novo. Parece que a imaginação dos candidatos só funciona quando estes são candidatos, durante os seis meses que antecedem as eleições... Nos quatro anos do mandato a criatividade deles desaparece! Sem falar que os projetos dos candidatos derrotados viram fumaça... Não importa o quão bom é o projeto, se ele foi escrito pelo adversário político do candidato eleito, tal projeto ficará na gaveta até as proximas eleições.

Bom, já me alonguei demais nesta discussão. Minha intenção com este post é meramente tentar fazer com que as pessoas discutam sobre o formato da democracia brasileira e se é possível torná-la "mais democrática".